10 mai, 2018

Ociosidade nas empresas de construção civil permanece alta, diz CNI

Índices de atividade da indústria e utilização da capacidade operacional permaneceram abaixo da linha divisória dos 50 pontos no mês de março, mas perspectivas são otimistas.

A atividade da indústria da construção continua em queda, mas o recuo se mostra cada vez menos intenso. É o que revelam os dados de março da Sondagem da Indústriada Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice que mede a evolução do nível de atividade atingiu 47,1 pontos em março – crescimento de 2,6 pontos frente ao mesmo mês do ano anterior e o maior valor apurado desde novembro de 2013.

A ociosidade do setor, entretanto, permanece elevada. Em março, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) manteve-se estável em 57 pontos, após apresentar queda de 3 pontos entre janeiro e fevereiro. Com isso, o percentual está apenas 1 ponto acima do registrado em março de 2017, mas seis pontos abaixo da média histórica para o mês.

O principal problema enfrentado pelo setor no primeiro trimestre desse ano, de acordo com 34,2% dos empresários, é a demanda interna insuficiente. O item voltou à primeira posição do ranking após dois trimestres, ultrapassando o item elevada carga tributária, que ficou em segundo lugar, destacado por 32% das empresas.

Expectativas

Em janeiro e março todos os indicadores de expectativa – nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, compra de insumos e matérias-primas e número de empregados – cresceram, enquanto em fevereiro e abril todos caíram. Apesar dessa instabilidade, eles sempre permanecem acima da linha divisória dos 50 pontos.

Em abril, especificamente, os indicadores de expectativa do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços caíram 2,0 e 2,2 pontos, respectivamente, atingindo 54,5 e 53,2 pontos. Já os índices de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados recuaram 2,0 e 1,5 ponto, alcançando 53,3 e 52,5 pontos, respectivamente.

Fonte: AECweb