11 out, 2021

Setor imobiliário como motor de crescimento da cidade

Artigo publicado no jornal A Tarde, em 09/10/21

Na última semana, a Prefeitura de Salvador apresentou o relatório de Gestão Fiscal referente ao 2º quadrimestre de 2021. O documento mostrou dados importantes sobre as contas públicas municipais, como receita, dívida consolidada e despesas com saúde, assistência social e transporte público. E um dos destaques que demonstraram o aquecimento econômico da cidade é o setor imobiliário.  

Segundo a própria gestão municipal, o Imposto de Transmissão Inter Vivos (ITIV), tributo de competência dos Municípios que incide sobre operações de transmissão de bens imóveis, teve papel relevante no saldo do quadrimestre, representando uma recuperação no comparativo com 2020.  

No começo deste segundo semestre, dissemos aqui que esse período seria promissor. E os índices estão mostrando não só que análise era correta, mas também que o setor imobiliário segue cumprindo seu papel essencial na economia soteropolitana. Motor de crescimento e desenvolvimento da cidade, os imóveis seguem sendo uma excelente opção de investimento, por uma maior segurança e possibilidade de valorização com o passar do tempo.     

E a tendência é que esse cenário siga ainda mais positivo nos próximos meses, já que incorporadoras continuam otimistas com o setor. Com mais liquidez na economia, a comercialização dos imóveis cresce e gera demanda para mais lançamentos, além de movimentar a economia como um todo.  

Dados do Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pelo FGV-Ibre, mostram que o ICST chegou a 96,4 pontos em setembro, isso representa o maior nível desde fevereiro de 2014. Além disso, ainda conforme o levantamento, o indicador da evolução recente das atividades das empresas de Edificações Residenciais alcançou o melhor resultado desde setembro de 2013.   

O indicador, composto pela situação atual dos negócios, carteira de contratos, expectativas com o volume de demanda nos três meses seguintes e expectativas em relação à evolução da situação dos negócios da empresa nos seis meses seguintes, é revelador para entender o momento que o setor vive.  

Isso já tem se refletido no mercado de trabalho, já que a construção também vem fazendo contratações, segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgada nas últimas semanas, a construção civil se destacou e contabilizou crescimento de 10,3% em sua população ocupada de maio a julho de 2021, em relação ao trimestre de 2021. Foram mais 616 mil pessoas no período e a Construção de Edifícios e os Serviços Especializados para a Construção contribuíram positivamente para esse resultado.  

Em relação ao trimestre de maio a julho de 2020, a Construção Civil contabilizou um acréscimo de 1,271 milhão de ocupações, o melhor resultado dentre os segmentos pesquisados pelo IBGE. Houve um crescimento de 23,8% no número de ocupados no setor, que passou de 5,336 milhões no trimestre móvel de maio a julho de 2020 para 6,607 milhões em igual período de 2021.  

Temos que continuar a aprimorar os processos, reduzir a burocracia, intensificando os investimentos no mercado imobiliário.  

Cláudio Cunha               
Presidente da ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia).