12 abr, 2021

Confiantes na retomada

Artigo publicado no jornal A Tarde, em 10/04/21

Aos poucos, a economia volta a circular trazendo fôlego em meio a situação causada pela crise sanitária. O cenário, mesmo delicado, tem dado pequenos sinais positivos de melhora com o avanço da vacinação e o cumprimento das medidas de prevenção estabelecidas.   

Na Bahia, iniciativas pública e privada têm enfrentado a situação de forma resiliente. O estado chegou ao primeiro lugar no índice nacional de vacinação na última semana, e já imunizou 12% de sua população. Em paralelo, o poder público continua empenhado em trazer mais imunizantes à população, a exemplo da vacina russa Sputnik V.   

A continuidade do processo de imunização dos grupos prioritários e a queda no número de pessoas na fila de regulação são dados que trazem alento e esperança de que dias melhores podem estar por vir, mesmo que em passos lentos.   

Contudo, para que esse caminho seja trilhado de forma sustentável, temos outros desafios na economia que vão além das medidas sanitárias. É necessário que os juros e a inflação se mantenham baixos, e, que as reformas administrativa e tributária avancem.  

Para o mercado imobiliário e a construção civil, as expectativas são positivas. A partir da reabertura, empresários esperam um novo crescimento na venda de imóveis.   

O setor também tem se mostrado resistente em meio as dificuldades e sua força têm trazido impacto positivo direto não apenas na economia, mas na sociedade como um todo.   

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no primeiro bimestre de 2021, a construção civil gerou 45,06% mais vagas de emprego que no mesmo período de 2020. Apenas em fevereiro, foram criados 43.469 postos de trabalho, considerado o melhor resultado dos últimos 30 anos.   

Com os juros baixos, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram o número recorde de R$12,45 bilhões em fevereiro de 2021. O montante supera em 1,3% o registrado em janeiro e quase dobra se comparado ao mesmo período de 2020, quando alcançou R$6,38 bilhões.   

Paralelo a isso, veio a digitalização acelerada pela crise. O uso inteligente da tecnologia permitiu ao setor continuar funcionando remotamente, abrindo um novo canal para se negociar e comprar os produtos imobiliários.     

A Ademi-BA que se preparava para a digitalização do mercado antes mesmo da pandemia, se antecipou e investiu na mudança. Após duas edições bem sucedidas em 2020, já estamos planejando a terceira fase do A Casa Que Eu Quero, plataforma online própria que permite a jornada de compra de imóveis de forma completamente virtual.   

Enquanto isso, fazemos todo o possível com os cuidados orientados pelas autoridades e confiamos na retomada das atividades para seguir crescendo.     

 

Cláudio Cunha       

Presidente da ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia).